terça-feira, 30 de outubro de 2007

GERAÇÃO SOLIDARIA


Jovens que decidem ser parte um projeto de geração de renda, já são diferentes, da grande maioria que ainda esta sonhado com a carteira assinada, coisa que poucos jovens estão conseguindo hoje em dia.

No inicio do mês de Outubro mandamos para a Noruega mais de 700 peças produzida pelos jovens da Bijouteria Beija-Flor, espero que a força a vontade e a empolgasão, sejam sempre o combustível dessa galera.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

O Trabalho que eles Fazem

Arte do Brasil


Jovens em ação na Bijouteria Beija-Flor.

Graças aos esforços da nossa Fundação a Children At Risk Foundation – CARF e através da luta e muito trabalho em parceria com os jovens noruegueses conseguimos um espaço, onde temos a oportunidade de mostrar nossa arte, a arte do Brasil, os jovens responsáveis por esse espaço são voluntários, jovens que como nós acreditam na transformação social.

Loja
Foto da loja na Noruega em fase de organização. Visite o site do CARF.

Entre no site Children At Risk Foundation – CARF.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

São eles que fazem o Trabalho


Meu nome é Alex Sandro Dias Coelho tenho 21 anos, ensino médio completo, eu nasci em São Bernardo e fui criado em Diadema. Minha infância foi um pouco complicada, porque meu pai bebia muito,ele discutia muito com minha mãe com meus irmãos, eu ficava muito triste com tudo que estava acontecendo, por causa da bebida, meu pai ficou muito doente, já faz doze anos que ele não anda, ele perdeu os movimentos das pernas e um dos braços também.

Eu gostava de batuca nas coisas lá de casa, minha madrinha me deu um presente, era um tambor, por causa disso comecei gosta de tocar mais ainda. Conheci o Djalma, que tocava na Escola de Samba. Ele me convidou para fazer parte da ala de tamborins, e através disso comecei a gostar de música.

Meu sonho, para o futuro e da continuidade estudados. Pretendo fazer Faculdade de educação Física e outros cursos, trabalhar em outros projetos e voltado para comunidade e da continuidade na oficina de percussão no Espaço Cultural Beija-Flor e depois de um tempo fazer Faculdade de música.


Meu nome é David da Silva Benedito tenho 21 anos, Nasci em Diadema no Bairro Eldorado, já terminei a o ensino médio, fiz alguns cursos de formação no Beija-Flor.O nome da minha mãe é Marinalva Silva, tem 40 anos, e do meu pai é Paulo Tadeu Benedito meu pai tem 50 anos. Tenho quatro irmãos dois por parte de pai que se chama Patrícia e Renato, os outros dois irmãos um se chama Davi Anderson é Edmilson Silva.


Meus pais tiveram muita dificuldade para nós criar, minha mãe criou o projeto "Unidos da Latinha" onde tinha vários moleques, (o grupo Unidos da Latinha era formado por jovens e crianças da região, que tocavam com latas, doadas pelo "ferro velho", lá foi a iniciação musical de alguns jovens que hoje estão aqui no Beija-Flor como Alex, David, Edimilson, Davi e Djalma), com apoio da Escola de Samba Império do Eldorado onde meu pai foi o fundador.

Entrei no Espaço Cultural Beija-Flor onde fico o dia inteiro, e isso foi muito importante para mim, sou multiplicador e toco na Banda Beija-Flor.
Meu sonho fazer faculdade de música e ser reconhecido, dentro e fora da minha comunidade e continuar apoiando outros jovens, a minha vontade é de ir até onde os meus sonhos me levarem, pretendo continuar dando aulas e fazendo parte da Banda Beija-Flor.


Meu nome é Cristiane Gisele dos santos, tenho 20 anos, estou fazendo enfermagem e depois vou fazer Faculdade de Obstetrícia. Moro com minha mãe Maria Gorete dos santos 40 anos, meus irmãos Djalma Santos 22 anos e Ana Cristina dos Santos 18 anos, e meus primos. Já conclui o ensino médio, meu objetivo era pelo menos conseguir terminar os estudos, já que na maioria das vezes não aprendemos na escola o suficiente ou o necessário para enfretar o mercado de trabalho. Eu e minha irmã fazemos parte do projeto de multiplicadores do Espaço Cultura Beija-Flor. Faço bijuterias e sou coordenadora da geração de renda e gosto muito de música.

Acredito que aqui no Beija-Flor com a multiplicação dos nossos conhecimentos, estamos dando uma alternativa diferente para os jovens da qual eles não estão acostumados dando uma oportunidade para que os jovens possam fazer uma coisa boa, para ele mesmo e acho que vamos perceber se isso deu certo no futuro, acho que a mudança vem com o tempo. Minha mãe gosta muito do que eu faço e me apóia sempre acredita no meu futuro.


Chamo-me Ana Cristina dos Santos, tenho 18 anos, 3° ano do ensino médio completo. Moro no bairro de Eldorado, Diadema - SP. Estou fazendo curso pré-vestibular, e pretendo fazer Faculdade de Assistente Social, sou multiplicadora de percussão no Espaço Cultural Beija-Flor, canto na Banda Beija Flor e participo do projeto de geração de renda.

Eu percebo uma mudança pelo fato de alguns jovens terem vontade e interesse de estudar de buscando espaços como o Beija-Flor, sair da rotina da rua e resolverem fazer algo para melhorar suas vidas, ou até mesmo enxergar outras opções alem da do crime.

Quando pequena desfilava na Escola de Samba Império do Eldorado de cabrocha (passista).Moro com minha mãe, meus irmãos e 4 primos. Pretendo continuar no Beija-Flor, como multiplicadora e também atuando como Assistente Social, e como sempre tive o sonho de cantar, quero continuar cantando na Banda Beija-Flor.


Meu nome é Teylor Mariano dos Santos tenho 17 anos, eu moro com a minha mãe Valdilene Aparecida idade 36 anos e mus avós Waldemar Mariano Machado idade 76 anos e Maria Silvia Xavier idade 59 anos e minha irmã Taylene Mariano de 11 anos. Estou no 3° ano do ensino médio, pretendo fazer Faculdade de Educação Artística. Eu nasci em Diadema fui criado no bairro jardim Sapopema, desde criança sempre morei com meus avós e minha mãe, fui criado dentro de casa, ao passar do tempo fui saindo de casa, vi muitas coisas erradas, como o trafico as drogas e os tiroteios na rua de casa.

Hoje em dia eu estou no Espaço Cultural Beija-Flor onde eu sou multiplicador da oficina de percussão e faço parte da Banda Beija-Flor onde eu sou percussionista é assim que eu levo a vida hoje em dia.

O Beija-Flor para mim é um espaço que eu me dou bem, me sinto bem de estar aqui e me divirto, e ao mesmo tempo trabalho sério, para mim o Beija-Flor é tudo na minha vida. Se eu vir nervoso da rua, chego aqui eu fico calmo não sei como, mas fico calmo, para mim o Beija-Flor representa quase tudo na minha vida.


Chamo-me Érica tenho 20 anos, moro em Diadema. Morei em casas abandonadas debaixo de viadutos da grande São Paulo, e em um colégio interno. Agora eu moro com a minha irmã. Tenho três irmãs a Shirley Carolina 24 anos, Thais Regina 22 anos, Luciana Almeida 29 anos o nome da minha mãe Euvanildes da Glória e o meu pai e Carlos José, já terminei o colegial.

Na minha casa mora eu e minha irmã, ela não trabalha e eu ganho uma bolsa, mensal, minha situação familiar é regular no momento, minha casa é própria. Sou multiplicadora de percussão do Espaço Cultural Beija-Flor, e faço parte de duas bandas do ECBF, faço aulas de Teatro, e trabalho como Palhaça fora do Beija-Flor.

Não tenho mais mãe ela faleceu em 2001 e meu pai nunca morou comigo. Eu moro atualmente com minha irmã Thais, mas eu acho que pra ela tanto faz o que eu faço ou deixo de fazer.

Bom dentro do E.C.B.F eu sonho em continuar dando aulas e sempre que for possível estar ajudando no que for preciso, fora do E.C.B.F eu sonho em cursar a medicina e se uma excelente medica ou fazer teatro, Cursar Faculdade para Educação Física. Este ano vou começar um curso de Filosofia (Introdução aos pensamentos Filosóficos).


Eu me chamo Edmilson Silva Benedito, tenho 17 anos, moro em Eldorado, Diadema.Estou fazendo o primeiro colegial na Escola Simon Bolívar.
Fui reprovado no ano passa do por falta nesse. Espero aprender muito na escola e pegar o meu diploma, pois mais tarde quero fazer Faculdade de música e pretendo fazer uma formação para Maestro, e difícil mais estou tentado melhorar nos estudados para chegar lá.


Meu pai se chama Paulo Tadeu Benedito, e minha mãe se chama Marinalva Silva. Tenho quatro irmãos dois deles são por parte de pai, que se chama Renato e a Patrícia.

Sou irmão do David e do Davi. Com cinco anos de idade já tocava na Escola de Samba Império do Eldorado, pois meu pai, fundou essa Escola, fui crescendo e gostando mais e mais de batucar, mais tinha alguns lados negativos, como a violência de alguns que se achavam “donos do mundo”.

Conheci, um parceiro chamado Djalma, que me chamou para fazer parte de uma oficina de percussão no Espaço Cultural Beija-Flor. Hoje estou aqui fazendo um trabalho de multiplicação e buscando o meu objetivo de ser maestro.


Momento de trabalho, é momento de concentração no Beija-Flor

Sonho que se sonha só
É só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realidade

Sonho que se sonha só
É só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realidade
(Raul Seixas - Prelúdio)

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

UMA IDÉIA!!!!


Xequerês – Miniatura de mais ou menos 11cm, feito com “Cabaças” e miçangas coloridas produto totalmente artesanal.

A busca por alguma forma de ganhar dinheiro faz com vários jovens se percam na ilusão do crime do “dinheiro fácil”, esta é a realidade de muitos jovens das grandes periferias, na busca de um tênis, ou uma roupa, ou um carro praticam delitos que se tornam vícios na busca do “dinheiro fácil”.


Correntes e pulseiras de sementes naturais de Jatobá, Açaí, Jarina, Santa Bárbara, Coco e detalhes em bambo, madeira e pingentes de coco.


Uma das soluções que o Espaço Cultural Beija-Flor vê a aquela que o próprio jovem faz a sua renda de uma forma honesta e digna, onde ele vai buscar seu salário de uma forma alternativa se encaixando no mercado de trabalho. Pelo Brasil e pelo Mundo são diversos os exemplos de pessoas que venceram na vida com projetos alternativos e idéias inovadoras.
O Projeto Beija-Flor quer mostrar que isso é possível é já acontece pelo mundo todo.


Caixas de folia (Surdo) feitos de material reciclável, pele de náilon e cordas de polipropileno de mais ou menos 35cm de altura.

Para além do Empreendedorismo.



Livia de Tommasi relativa o "poder" do empreendorismo e do mercado na solução dos problemas da empregabilidade e aponta para a necessidade de políticas públicas para o trabalho na juventude

Há um discurso ideologicamente orientado que coloca o empreendedorismo como uma solução para o problema do desemprego juvenil. Num sistema (capitalista) onde o emprego formal, a carteira assinada, se tornou uma "miragem" inatingível para a maioria dos jovens, o discurso neo-liberal (o mesmo partidário da flexibilização e da desregulamentação) propaganda o empreendedorismo como uma qualidade fundamental a ser cultivada entre os jovens e, ao mesmo tempo, uma forma de inserção no mundo do trabalho através do chamado auto-emprego, ou seja a abertura de um negocio ou empreendimento próprio.


Xequerês – Miniatura de mais ou menos 11cm, feito com “Cabaças” e miçangas coloridas produto totalmente artesanal.

Apesar do que o próprio SEBRAE, o órgão ao qual o governo federal tem confiado a tarefa de formar os jovens ao empreendedorismo e, ao mesmo tempo, de assessorar a criação de micro-empreendimentos, divulga números que são muito pouco animadores sobre o sucesso no mercado e a vitalidade desses empreendimentos (ou seja, que somente 5% por ano dos empreendimentos conseguem se manter no mercado, enquanto o resto é destinado à falência) os programas desenvolvidos por muitas entidades miram a estimular a criação pelos jovens de um negocio próprio (por meio de cursos de capacitação para produção e gestão em diferentes áreas da economia, que vão do artesanato, à produção agrícola, aos serviços em âmbito cultural, etc.).


- Correntes de miçangas - Modelos exclusivos e elaborados por uma equipe de jovens com detalhes de vidro e acrílico, modelos femininos.

Muitos jovens que concluíram esses cursos e não conseguiram montar seu empreendimento sentem recair a responsabilidade pelo fracasso nos seus ombros: não consegui porque não fui um bom empreendedor. No âmbito da ideologia neo-liberal essa inversão de responsabilidades é comum: assim, os pobres (e especificamente os jovens, "o futuro da nação") são os principais responsáveis pela solução de seus problemas. São eles que devem arregaçar as mangas e trabalhar para enfrentar os problemas provocados pelas receitas neo-liberais promovidas pelo FMI e o Banco Mundial: a concentração de renda, o aumento da desigualdade econômica, social e cultural, a exclusão, o desemprego, etc. É a idéia de Estado mínimo aplicada ao âmbito econômico e social.


Artesanato feito por jovens da Bijuteria Beija-Flor.

Ponto a ponto estamos tecendo a rede que irá nos ligar ao conhecimento, ao sabor da batalha conquistada, ao apoio dos amigos que encontraremos no caminho. Com o sonho que a Economia Solidária não seja apenas um complemento mais sim uma renda única produzida pelas nossas mãos. A Autogestão tem que ser, e será um termo que estará sempre dentro das nossas cabeças, nos norteando para o rumo certo.



Maiores informações sobre as Bijouteria Beija-Flor:
(11) 4049-4440
Djalma Santos
ECBF - Espaço Cultural Beija-Flor

Nós Acreditamos.